quarta-feira, 6 de julho de 2011

O papel da infusão de medicamentos no tratamento do Lupus


                                   O tratamento farmacológico do Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)

Deve ser individualizado e depende dos órgãos afetados e da intensidade desse acometimento. Segundo Renata Rosa, médica reumatologista do Fleury, o acompanhamento médico regular possibilita medidas para reduzir a atividade lúpica e, assim, a possibilidade de novo surto da doença.

“Os antimaláricos e os corticoides são os fármacos mais utilizados no tratamento e suas doses variam conforme a gravidade do caso. Em virtude de seus efeitos colaterais, os corticoides devem ser utilizados na menor dose necessária para o controle da doença e, mesmo assim, objetivando a redução gradual de sua dose, assim que possível”, completa.

No entanto, para os casos mais graves de LES, refratários ao uso de corticoides e imunossupressores orais, a infusão de medicamentos pode ser uma opção terapêutica. “Essa abordagem, em geral, envolve pacientes lúpicos com acometimento hematológico importante, renal e/ou neurológico. Nesse âmbito, dispõe-se da pulsoterapia com corticosteroides e/ou imunossupressores, a infusão de imunoglobulina e, mais recentemente, dos medicamentos conhecidos como imunobiológicos, explica Renata.

O procedimento pode ser realizado ambulatorialmente, num serviço de hospital-dia. “Ao realizar a infusão no Centro de Infusão do Fleury Hospital-Dia, o paciente conta com uma equipe médica e de enfermagem, especializada em infusão de medicamentos e que o acompanha durante toda a sua permanência no hospital. Dessa forma, garante-se a segurança do paciente e a tranquilidade do médico solicitante, em relação ao atendimento às possíveis intercorrências do procedimento”, completa.

A médica ainda ressalta que, com um acompanhamento especializado e com o uso regular das medicações mais adequadas para o caso, na grande maioria das vezes, consegue-se uma vida longa, produtiva e com boa qualidade.

Confira a seguir mais detalhes sobre o papel da infusão de medicamentos no tratamento do lúpus:

Indicações – Para os casos mais graves de LES, refratários ao uso de corticoides e imunossupressores orais.

Contraindicações – Nos casos de instabilidade hemodinâmica, na suspeita de infecção aguda, em mulheres gestantes ou que estão amamentando, se houve reação alérgica grave prévia e em casos de neoplasias.

Cuidados antes do procedimento – O paciente deve passar por uma avaliação médica para assegurar sua estabilidade clínica, afastar algum processo infeccioso em atividade e alguma reação alérgica prévia ao medicamento. No caso da infusão de Rituximabe (anticorpo monoclonal contra os linfócitos B), por ser um produto biológico, é preconizada a utilização de algumas pré-medicações, administradas 30 minutos antes da infusão, para diminuir os riscos de reações adversas durante o procedimento.

Tempo de duração do procedimento – No caso do Rituximabe, o tempo é de aproximadamente 5 horas na primeira aplicação e de 4 horas na segunda aplicação. Considerando-se a consulta médica inicial, a administração da pré-medicação e o período pós-infusional, quando ocorre nova avaliação antes da liberação do paciente, o período de permanência no Hospital é de aproximadamente seis horas.

Possíveis complicações – Por ser um elemento biológico – no caso, um anticorpo – a infusão do Rituximabe pode desencadear reações de natureza alérgica ou inflamatória. Elas costumam ocorrer em cerca de 30% a 35% dos pacientes na primeira infusão e, menos frequentemente, nas doses subsequentes. Geralmente caracterizam-se por febre, calafrios, dor de cabeça, tontura, mal estar não específico, algum desconforto respiratório, náuseas, vômitos, incômodo na garganta e manifestações alérgicas na pele, com coceira. O risco dessas manifestações é muito minimizado com a infusão das pré-medicações.

Cuidados após o procedimento – Não há restrição quanto às atividades após o procedimento. No entanto, como se trata de um tratamento que diminui a ação do sistema imunológico, o paciente deve seguir rigorosamente as orientações de seu médico, pois fica mais vulnerável às infecções.

(- Fonte: Renata Ferreira Rosa, médica reumatologista do Fleury, com especialização em Reumatologia pela Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) e residência médica na mesma área pelo Hospital do Servidor Público Estadual Francisco Morato de Oliveira (HSPE-FMO-IAMSPE)


*****Este material foi elaborado pelo Fleury, tendo caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico.*****


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