sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Lúpus Bactérias Amigas

Definição

O Lactobacillus acidophilus é o probiótico (pró-vida) mais comumente usado, também chamado de bactéria “amigável”. Nós nascemos sem ele, e o acidophilus logo se estabelece em nosso intestino e vagina e protege contra a entrada e proliferação de organismos ruins que podem causar doença.

Algumas características requeridas dos lactobacillus como probióticos são: função benéfica, fácil cultivo e estabilidade da “população”.

Outras bactérias amigáveis incluem: L. bulgaricus, L. reuteri, L. plantarum, L. casei, B. bifidus, S. salivarius, S. thermophilus e Saccharomyces boulardii. Seu trato digestivo é como um ecossistema, com muitas bactérias. Alguns destes habitantes internos são mais úteis a seu corpo do que outros. O L. acidophilus produz a enzima lactase, que quebra o açúcar do leite (lactose) em açúcares simples. As pessoas que são intolerantes a lactose não produzem esta enzima. Assim, suplementos de L. acidophilus podem ser benéficos para estes indivíduos.

Outros probióticos potenciais incluem uma variedade de espécies de Lactobacillus (spp.), tais como casei GG, rhamnosus, NCFM, DDS-1, Bifidobacterium longum, Bifidobacterium bifidum, Streptococcus thermophilus,Enterococcus faecium, Saccharaomyces boulardii, Bacillus spp. e Escherichia coli.

Usos
– Substitui as bactérias intestinais “amigáveis” destruídas por antibióticos;

– Auxilia na melhora das doenças causadas por bactérias;
- Previne e trata diarreia, incluindo diarreia infecciosa, particularmente do rotavírus (um vírus que comumente causa diarreia em crianças)
– Impede o crescimento de organismos “ruins” no trato gastrointestinal (uma condição que tende a causar diarreia e pode ocorrer pelo uso de antibióticos);
– Impede e/ou reduz infecções vaginais, infecções do trato urinário e cistites (inflamação da bexiga).
– Melhora a digestão (absorção) da lactose em pessoas que tem intolerância a mesma;
- Aumenta a resposta imune;
– Ajuda no tratamento de infecções respiratórias tais como sinusite, bronquite e pneumonia;
- Diminui o risco de alergias;
– Ajuda a tratar colesterol elevado 
– Acne
– Redução de enzimas implicadas na produção do câncer;

– Saúde Cardiovascular;

– Síndrome crônica de fatiga;

– Resfriado;– Indigestão/Digestão;

– Úlceras – Febre reumática.
Alguns pesquisadores testaram a eficácia terapêutica de um composto consistindo da combinação multibacterial de L. acidophilus e Bifidobacterium bifidum em pacientes idosos com desordem intestinal. Os resultados foram excelentes, com restauração da flora bacteriana duodenal e melhora dos sintomas clínicos.

Medidas de Segurança

Não há nenhum problema de segurança com o uso de probióticos Promove às vezes a observação um aumento temporário de gases.

Observação

 Se você estiver fazendo uso de antibióticos, pode ajudar fazer uso ao mesmo tempo de probióticos/acidophilus, e continue com o uso algumas semanas após terminar o tratamento com a droga. Isto ajudará a restaurar as bactérias naturais em seu trato digestivo que foram mortos pelos antibióticos.

Algumas fontes alimentares

 As fontes alimentares mais comuns que apresentam L.acidophilus incluem leite, iogurte e queijo.

Efeitos Colaterais

 Algumas pessoas podem apresentar gases ou desconforto estomacal no início, mas estes sintomas partem geralmente com uso contínuo. Algumas mulheres descreveram a queimadura ou a irritação na vagina quando o Lactobacillus acidophilus foi usado nesta região.

Raramente, as pessoas com sistemas imunes fracos podem estar arriscadas de desenvolver uma infecção séria ao fazer uso do Lactobacillus acidophilus. 

Pessoas que tiveram um ferimento ou uma doença da parede intestinal; quem faz uso de drogas prescritas, tais como os corticoesteróides (prednisona), que pode torná-los vulneráveis à infecções ou quem fez cirurgia para substituir uma válvula do coração; deve falar com um Médico antes de fazer uso do 
Lactobacillus acidophilus.


Gravidez
Em alguns estudos, mulheres grávidas foram tratadas com Lactobacillus acidophilus sem nenhum efeito adverso. Entretanto, se você estiver grávida, recomenda-se que uma consulta ao médico antes de usar o Lactobacillus acidophilus.
Interações Com Drogas
Alguns especialistas acreditam que os antibióticos ou o álcool podem destruir o Lactobacillus acidophilus. Como resultado é recomendado que o Lactobacillus acidophilus seja usado três horas após ter feito uso de antibióticos ou ter bebido o álcool. Alguns cientistas também acreditam que o Lactobacillus acidophilus pode ser destruí­do ou inativado por ácidos no estômago. Em conseqüência, sugere-se às vezes que os pacientes usem uma droga para diminuir a quantidade de ácido no estômago uma hora antes de fazer o uso de Lactobacillus acidophilus. Um exemplo é o famotidine.
Interações com ervas e suplementos dietéticos
Na teoria, o Lactobacillus acidophilus pode ser mais eficaz se feito uso com alimentos tais como bananas, aspargos e alho. Acredita-se que estes alimentos forneçam nutrientes que aumentam a eficácia do Lactobacillus acidophilus – São os chamados PREBIÓTICOS.
Lactobacillus acidophilus ” LA
Especificações: o Lactobacillus acidophillus está disponí­vel em contagens de 1,0×109 UFC/g a 1,0×1011 UFC/g.
Temperatura ótima de crescimento: 38 oC
Diluentes: muitos diluentes estão disponí­veis para a padronização de contagem microbiológica. Alguns diluentes usados são: maltodextrina, amido, lactose, oligossacarí­deos e inulina.
A escolha do diluente é influenciada pelo produto formado (pó, tablete, cápsula), solubilidade requerida, preferência do consumidor, etc.
Vida-média/Armazenamento: Lactobacillus acidophilus permanece estável por até 12 meses em temperatura de refrigeração e com baixa umidade.
Bifidobacterium bifidum
As bactérias “amigáveis” são encontradas em muitos alimentos. Eles fornecem sabor a manteiga e queijos e ainda são necessários na produção de produtos em conserva e com fermento.
Uma quantidade abundante desta bactéria no intestino humano é necessária para manutenção da saúde. Antibióticos podem reduzir drasticamente ou eliminar estas bactérias da microflora intestinal. Hábitos como consumo de bebidas alcoólicas, stress, antiácidos, alimento processado e uso de pesticidas, podem causar distúrbios. O número de bifidobactérias no intestino humano se torna menos abundante com o passar do tempo. Um entendimento da importância de uma população de bactérias saudáveis no cólon e o reconhecimento dos benefí­cios a saúde tem tornado muito grande o interesse pelos probióticos, principalmente lactobacillus e bifidobactérias.
Bifidobacterium bifidum criam um ambiente favorável para o crescimento de bactérias “amigáveis” no intestino grosso e trato vaginal. O Bifidobacterium bifidum impede ou evita a invasão de bactérias patogênicas.
Acredita-se que as bifidobactérias sintetizam vitaminas que podem ser usadas pelo corpo humano, incluindo tiamina, ácido fólico, ácido nicotí­nico, piridoxina e vitamina B12. Produzem ácido acético e lático. Acredita-se que dietas contendo bifidobactérias, de forma bem sucedida, coloniza o intestino grosso; pois podem sobreviver as enzimas do estômago e intestino fino.
Também aumentam a absorção de ferro, cálcio e magnésio. Quando comparados com animais que não estavam recebendo suplementação, ratos consumindo Bifidobacterium bifidum foram protegidos contra rotavirus.
Lactobacillus bulgaricus
Lactobacillus bulgaricus: são bactérias gram-positivas, termofí­licas e em forma de bastão; heterofermentadora, produzindo ácido lático a partir da lactose. Resiste a elevadas concentrações de ácido lático, podendo produzi-lo até aproximadamente 2%. Tem também longa duração na maturação de queijos duros. Produz acetaldeí­do que confere sabor tí­pico ao iogurte. É baixa sua resistência ao sal, não crescendo em concentrações superiores a 2%. É destruí­da no aquecimento a 65°C por 30 minutos. Crescem bem a 45°C, mas não se desenvolve em temperaturas inferiores a 20°C.
Uma bactéria transitória, mas muito importante na ecologia humana. Juntamente com o Streptococcus termophilus constituem a cultura para produção de iogurte. Sua administração oral facilita a digestão da lactose, pois aumenta a produção da enzima lactase. Algumas cepas produzem antibióticos naturais, impedindo a proliferação de outras bactérias nocivas.
Em sí­ntese, a acidificação do leite, sob a ação das bactérias mencionadas constitui a antecipação de uma etapa digestiva o que torna o iogurte mais tolerável e nutritivo do que o leite natural.
As espécies mais comuns, encontradas nas culturas para iogurte são as bactérias, Lactobacillus bulgaricus e Stretococcus thermophilus, caso sejam acrescentadas outras espécies de termofilos podemos ter uma acidificação muito intensa depois da refrigeração do iogurte.
Ambas as espécies vivem em simbiose (com benefí­cios mútuos), sendo que, esta simbiose exige uma determinada proporção entre cocos e bacilos. A relação quantitativa entre Stretococcus thermophilus e Lactobacillus bulgaricus deve ser de 1;1 até 2;3 aproximadamente, gerando com isto um iogurte com maior ou menor viscosidade.
Durante o perí­odo de incubação a relação entre as bactérias pode sofrer variações, para no final novamente ser restabelecido. A causa principal da variação é que o Lactobacillus bulgaricus desdobra facilmente as proteí­nas, e origina, assim, o aminoácido valina. Este aminoácido que vai favorecer o desenvolvimento do Stretococcus thermophilus até o ponto de chegar a ser seu número 4 a 5 vezes maior.
Os cocos tem um poder de acidificação menor que os bacilos e morrem com mais facilidade devido a ação do ácido láctico formado. A proporção entre ambos influi também de uma maneira essencial sobre a aromatização do iogurte. O Lactobacillus bulgaricus é o principal condutor do aroma.
Lactobacillus casei
É uma cepa de bactéria que foi isolada de humanos e foi descoberto que tolera as condições ácidas do estômago. São microorganismos vivos selecionados que conseguem atravessar a acidez do estômago, chegar vivos ao intestino e proporcionar o equilí­brio da flora intestinal.
São reconhecidos como probióticos, que ingeridos em determinadas concentrações, proporcionam benefí­cios à saúde do indiví­duo, através do equilí­brio da flora intestinal.
As espécies de Lactobacillus são mais efetivas do que muitas outras bactérias para sobreviver a passagem através do trato intestinal para efetivamente colonizar o trato digestivo e balancear a microflora intestinal. O Lactobacillus provou que resisti ao ácido gástrico e bile, adere a mucosa do intestino, coloniza o trato gastrointestinal e luta contra patógenos potenciais, tais como: E. coli, Streptococci, Clostridia e Salmonella.
Lactobacillus casei são encontrados naturalmente em leites e carnes fermentadas, assim como no intestino humano, boca e no meio ambiente. O nome L. casei foi primeiro usado em 1904, e o nome sugere sua “relação” com queijo: tanto o casei, quanto caseí­na (a primeira proteí­na no leite) tem origem da palavra latim caseis, que significa queijo.
O crescimento do L. casei ocorre em 15 mas não em 45ºC, e requer riboflavona, ácido fólico, pantotenato de cálcio, e os fatores de crescimento niacina.
O L. casei é uma espécie notavelmente adaptável, e pode ser isolado dos produtos derivados de leite crus e fermentados, dos produtos frescos e fermentados da planta, e do trato reprodutivo e intestinal dos seres humanos e outros animais. Industrialmente, o L. casei tem aplicação como probiótico humano (promove a cultura viva), como cultura de partida de ácido- produção para fermentação do leite, e especialmente como culturas para intensificação e aceleração do desenvolvimento do sabor em determinadas variedades de queijo.
São células gram-positivas que diferem em alguns pontos dos demais Lactobacillus: são menores no tamanho do que os L. bulgaricus, L. acidophilus e L.helveticus e são facultativamente heterofermentativos.
Esse texto foi elaborado por Vivian da Conceição Martinez (Bióloga)
para IdealFarma.

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