por Daniel Jorge (Rádio Cultura FM 104,3 - Picos - PI ), dia 17/01/2014 às 13:27
O Lúpus Eritematoso Sistêmico é uma doença crônica e de origem
autoimune e que atinge na maioria dos casos mulheres na faixa etária de
15 a 45 anos. Mas o que causa o Lúpus? Por alguma razão ainda
desconhecida, o sistema imunológico que deveria apenas proteger o
organismo da pessoa contra os “invasores” na pessoa que tem Lúpus esse
sistema falha e começa a “atacar” o próprio organismo, podendo lesionar
diversos órgãos. Isso pode ocorrer de forma lenta e progressiva (em
meses) ou mais rapidamente (em semanas) e variam com fases de atividade e
de remissão.
São reconhecidos 2 tipos principais de lúpus: o cutâneo, que se
manifesta apenas com manchas na pele (geralmente avermelhadas),
principalmente nas áreas que ficam expostas à luz solar (rosto, orelhas,
colo (“V” do decote) e nos braços e o sistêmico, no qual um ou mais
órgãos internos são acometidos. Alguns sintomas são gerais como a febre,
emagrecimento, perda de apetite, fraqueza e desânimo. Outros,
específicos de cada órgão como dor nas juntas, manchas na pele,
inflamação da pleura, hipertensão e/ou problemas nos rins.
É importante dizer que o Lúpus apesar de não ter cura atualmente, é
totalmente tratável e não é contagioso. O tratamento é medicamentoso e
oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) totalmente gratuito. É
fundamental que a pessoa com esse diagnóstico possa contar com uma rede
social (amigos, familiares, colegas de trabalho) que o apoie. Viver num
ambiente emocionalmente seguro pode influenciar positivamente no
enfrentamento da doença, não só no caso do Lúpus, mas em outras doenças
crônicas também. Situações de extremo estresse podem piorar o quadro da
pessoa com Lúpus.
É possível se obter uma qualidade de vida apesar do Lúpus. As pessoas
com o diagnóstico precisam ter cuidado especiais com a saúde incluindo
atenção com a alimentação, repouso adequado, evitar condições que
provoquem estresse e atenção rigorosa com medidas de higiene (pelo risco
potencial de infecções). Idealmente deve-se evitar alimentos ricos em
gorduras e o álcool.
Outra medida de ordem geral é evitar (ou suspender se estiver em uso)
os anticoncepcionais com estrogênio e o cigarro. Pessoas com LES,
independentemente de apresentarem ou não manchas na pele, devem adotar
medidas de proteção contra a irradiação solar, evitando ao máximo
expor-se à “claridade”, além de evitar a “luz do sol” diretamente na
pele, usando sempre filtro solar.
Referências:
Texto baseado na Cartilha Educativa sobre Lúpus da SBR- Sociedade
Brasileira de Reumatologia disponível em www.reumatologia.org.br. Em
caso de dúvidas, converse com o seu reumatologista. Se você desejar,
entre em contato com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, através do
endereço eletrônico da SBR: contato@reumatologia.com.br.
Acompanhe a entrevista na íntegra (Acima)
Foto: Francisco Rodrigues