Novo medicamento para lúpus deve ser disponibilizado pelo SUS em todo o
Estado de Belo Horizonte
(Micofenolato de Mofetila)
A Justiça determinou que o Estado disponibilize o medicamento para o tratamento do lúpus eritematoso sistêmico para todos os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) portadores da doença. A decisão é da juíza da 2ª Vara da Fazenda Estadual de Belo Horizonte, Lílian Maciel Santos. A medida foi estabelecida numa ação civil pública proposta pelo Ministério Público (MP).
Segundo o MP, o medicamento micofenolato de mofetila não é
disponibilizado nas unidades de saúde e vários usuários do SUS têm
procurado ajuda na Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde para
prosseguir com o tratamento da patologia. O órgão argumentou que o
serviço de reumatologia do Hospital das Clínicas da UFMG remeteu ao
órgão uma nota técnica atestando que o medicamento, além de mais seguro e
efetivo, apresenta menos efeitos colaterais do que um outro tratamento
tradicionalmente utilizado.
O Estado alegou que já existe um programa público de saúde específico
para o tratamento dos portadores de lúpus e que os medicamentos
atualmente fornecidos foram escolhidos a partir de estudos feitos por
especialistas. Alertou que o micofenolato de mofetila pode expor os
pacientes a riscos desconhecidos, pois não possui indicação de bula para
o tratamento da doença e não há autorização da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) para o seu..
A juíza afirmou que, apesar da eficácia do medicamento já
disponibilizado pelo SUS, deve ser levado em conta que ele não atende a
todos os pacientes, já que segundo o Hospital das Clínicas: dos 450
pacientes portadores da doença, 60% têm nefrite e 30% não respondem ao
tratamento com a medicação.
Santos ressaltou que há depoimento médico declarando que o novo
medicamento já foi alternativo, mas atualmente é utilizado mundialmente,
sendo o primeiro a ser prescrito. De acordo com o depoimento, o Estado
só chega a disponibilizar o novo medicamento quando o paciente já perdeu
a função renal, mas deveria disponibilizá-lo preventivamente, para
evitar que o paciente chegue a esse estado grave. Para ela, o argumento
de que o remédio não possui indicação prevista em bula para o tratamento
acaba sendo uma solução “simplista”, já que a doença afeta diretamente os rins e, para essa situação, o medicamento já é indicado.
“A frágil alegação de que o medicamento não consta em bula para o
tratamento específico e que estão sendo realizados estudos, é muito
pouco para que o direto à saúde e à vida digna de vários portadores da
doença lúpus sejam relegados”, concluiu. Ela ainda acrescentou que, ao
ser disponibilizado o novo medicamento pela rede pública, caberá ao
médico verificar o tratamento mais adequado à situação de cada paciente.
Espero que essa ação seja estendida em todo o País, pois quando se trata de uma enfermidade e que se tem a chance de curar ou amenizar, acho que os Governantes tem que pensar no bem estar da população, pois somos nós que colocamos eles no PODER.
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