domingo, 24 de junho de 2018

Determinando os fatores de risco que aumentam as hospitalizações em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico

Dr. Carlos P. Capistrano
Reumatologista da SRRJ
Determinando os fatores de risco que aumentam as hospitalizações em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico

O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença complexa que está relacionada a morbidade e mortalidade significativas. 
O LES está associado a uma inflamação multissistêmica como resultado de uma alteração imunológica, podendo afetar a pele, sistema nervoso, coração, pulmões, rins, sistema musculoesquelético e outros órgãos. Com o diagnóstico e reconhecimento mais precoces, e o desenvolvimento de novas medicações menos tóxicas, a mortalidade do LES diminuiu nos últimos anos. Ainda assim esta doença está associada a uma taxa de hospitalização mais frequente.

Vários instrumentos validados estão disponíveis para medir a atividade da doença, mas um risco aumentado de internação não é avaliado, sem falar que alguns dados que podem ser obtidos de forma fácil, como a frequência de consultas perdidas, não são incorporados por estes instrumentos.

Este estudo avaliou todos os pacientes de um único centro médico acadêmico que eram classificados pelo Código Internacional de Doenças (CID-10) para LES (M.32) e que foram vistos pelo menos uma vez entre 2010 e 2017. De um total de 3552 pacientes, 813 foram selecionados aleatoriamente para revisão de prontuários, usando um gerador de números aleatórios. Destes, 226 estiveram em contato com um ambulatório de Reumatologia e preencheram os critérios de classificação do Colégio Americano de Reumatologia para LES.

Houve 160 pacientes sem hospitalizações relacionadas ao LES e 66 pacientes que necessitaram da hospitalização. Em análise multivariada, considerando idade, gênero e etnia, creatinina sérica > 1,20mg/dL, contagem de leucócitos > 10.000/µL, hemoglobina < 11g/dL, plaquetas < 180.000/µL, uso de drogas que provoquem elevada imunossupressão, ausência de até 20% das consultas e ausência de pelo menos 20% das consultas foram associados a um aumento do risco de hospitalizações.

O estudo concluiu que devam ser considerados a creatinina sérica, a contagem de leucócitos, hemoglobina, plaquetas, imunossupressão de alto risco e a proporção de consultas perdidas como sendo úteis na identificação de pacientes com LES com risco aumentado de hospitalizações, sendo que a falta de consultas, assim como o acesso aos cuidados de saúde, estão diretamente relacionados ao aumento do risco de hospitalizações.

Referência: D Li, et al. Lupus (2018) 27, 1321-1328
Autor: Dr. Carlos P. Capistrano
Reumatologista da SRRJ

http://reumatorj.com.br/2018/06/21/determinando-os-fatores-de-risco-que-aumentam-as-hospitalizacoes-em-pacientes-com-lupus-eritematoso-sistemico/

Srs Govenantes, são muitos os motivos que levam os pacientes a terem as recaídas, muitas das vezes o paciente nem tem condições de sustentar essa doença que por vezes requer várias consultas, muitos medicamentos e muitas das vezes o paciente tem que escolher entre o tratamento e o seu trabalho, isso quando o paciente ainda consegue conciliar as 2 coisas ao mesmo tempo, e sem contar que muitos pacientes nem conseguem consultas e por várias vezes o tratamento é interrompido por falta de medicamentos ou pela burocracia para o paciente ter o direito aos medicamentos de alto custo.
Penso que se não houvesse tudo isso que aí sim os pacientes teriam uma melhor adesão ao seu tratamento.
A vida de um Lúpico não é fácil, estar doente e ainda por cima ter que ficar indo de um lado para o outro em busca de seus direitos as vezes se torna muito desgastante e por isso que eu penso que a culpa de tudo isso é a falta de sensibilidade dos nossos representantes que deveriam ajudar aos pacientes e não complicar ainda mais a vida do paciente.
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