O QUE É FIBROSE PULMONAR?
É uma condição decorrente de uma série de fatores na qual os pulmões apresentam cicatrizes profundas e espessamento interior. Estas características são resultados de doenças que atacam os pulmões, mais conhecidas como doenças pulmonares intersticiais, ou ILDS. Estas complicações são também muitas vezes chamadas de fibrose pulmonar intersticial, porém nem todas resultam realmente em fibrose.
A grande maioria destas doenças ataca a parte terminal dos pulmões, os alvéolos. Com isto, estes se tornam inflamados. Após certo período dá-se início à recuperação e a uma cicatrização, originando as fibroses. Muitas das complicações que levam a um quadro de fibrose pulmonar ficam sem serem reconhecidas, mesmo depois de significantes esforços médicos. Quando isto ocorre dá-se o nome de fibrose pulmonar idiopática.
Alguns dos fatores que podem levar à cicatrização e ao espessamento interior dos pulmões são, por exemplo, alterações do sistema imune, substâncias tóxicas e medicamentos, infecções, radioterapias, exposição a gases, fumaças ou vapores, radiação industrial, poeiras orgânicas e poeiras minerais. Ainda há uma série de fatores que podem levar a tal quadro, estes são, entretanto, os mais comumente observados quando é feito o diagnóstico da condição.
Agente causador
Conforme mencionado acima, muitos são os fatores que podem levar um indivíduo a desenvolver fibrose pulmonar. Artrite reumatoide, polimiosite, radiação industrial, exposição a gases e substâncias tóxicas, fumaças, entre outras coisas.
Excrementos de aves, fungos e drogas como cocaína, por exemplo, também podem gerar tal condição nos pulmões. Infecções virais e bacterianas são causas bastante frequentes do problema. Em todos estes casos, após a irritação local nos pulmões, dá-se início a uma cicatrização gerando fibroses.
Como se descobre a doença (diagnóstico)
Como várias doenças diferentes podem levar à fibrose pulmonar, é preciso um diagnóstico bem detalhado para se chegar à real causa do problema e poder definir o tratamento mais adequado. Para tanto é realizada uma análise clínica do paciente e se faz uma observação completa dos sintomas. Após estas primeiras medidas, exames mais específicos são pedidos para se estabelecer um diagnóstico diferencial.
Um raio-x do tórax pode mostrar a presença de tecido em cicatrização nos pulmões, assim como a formação de cistos. Entretanto, em alguns casos a radiografia pode apresentar resultados normais, mesmo quando o quadro de fibrose pulmonar é grave. Por este motivo, diversos médicos logo pedem por um exame mais eficiente chamado de tomografia de alta resolução ou (TCAR). A tomografia é um dos melhores exames que há para se fazer do tórax, pois através dela obtêm-se ótimas imagens do interior do paciente. Desta forma é possível uma análise correta dos sintomas e fica mais fácil chegar a real causa da condição.
Provas de função pulmonar ajudam a notar que os pulmões estão retendo em seus interiores volumes menores do que o normal de ar. Já uma gasometria arterial pode revelar baixa oxigenação no sangue do paciente. Todos estes exames ajudam a chegar a um diagnóstico correto. Caso restem dúvidas, o médico pode ainda fazer uma pequena biópsia com um broncoscópio. Neste procedimento partes do tecido pulmonar são retiradas e levadas para análise. Após a certeza do diagnóstico, deve-se dar início ao tratamento mais adequado imediatamente.
Sintomas
Estes vão depender bastante do tamanho das lesões pulmonares, das suas extensões e do fator que vem desencadeando tal condição, infecções, alterações do sistema imunológico, entre outras. Alguns dos primeiros a se notar são a perda da força e uma grande dificuldade de se respirar normalmente. Na maioria dos casos os sintomas mais notados são:
- Tosse;
- Perda de peso;
- Perda de apetite;
- Fraqueza;
- Cansaço;
- Dores vagas no peito.
Com o progredir das fibroses muitos sintomas tendem a piorar. Em casos mais graves é comum, por exemplo, que o esforço cardíaco leve até mesmo a uma insuficiência do órgão. Esta é chamada de cor pulmonale. Como a concentração de oxigênio no sangue vai diminuindo, devido às cicatrizes, nota-se também que a pele começa a adquirir um tom mais azulado. As pontas dos dedos se tornam mais espessas podendo apresentarbaqueteamento. Diante destes sintomas, deve-se procurar por ajuda médica. Não deixe o quadro chegar a medidas extremas, assim que os primeiros sintomas forem notados, agende uma consulta.
Prevenção
A maior prevenção talvez seja o diagnóstico precoce. A condição não será impedida de aparecer, porém, devido ao diagnóstico precoce, pode-se dar início a um tratamento enquanto os problemas ainda são amenos. Quando o paciente não recebe o tratamento adequado desde o início pode até mesmo haver necessidade de transplante pulmonar.
Manter uma alimentação saudável e bons hábitos de higiene deixam a pessoa longe de infecções e o corpo mais forte. Quando da exposição de gases e substâncias tóxicas é preciso fazer o uso de máscaras ou de algum outro tipo de proteção. Evite realizar auto medicações, alguns fármacos podem agredir o organismo de uma forma inimaginável. Caso seja portador de alguma doença que comprometa os pulmões, realize exames de rotina para o devido monitoramento do problema. O cigarro é também uma substância que agride muito os pulmões. Este hábito precisa ser cortado, principalmente após o diagnóstico de doenças pulmonares.
Tratamento
Este consiste no uso de medicamentos com corticoides, imunossupressores e outros com finalidade de reduzir os sintomas. Pode ser necessário uso de oxigênio em alguns pacientes com casos mais graves de fibrose pulmonar. Exercícios físicos podem ajudar, pois melhoram a capacidade física, assim como uma boa alimentação, para aumentar as forças do organismo. Diversos pacientes perdem muito peso quando a condição é manifestada, isto enfraquece ainda mais os músculos que ajudam na respiração. Por isto uma dieta balanceada é muito importante.
O cigarro deverá ser cortador imediatamente da vida da pessoa. Este hábito é totalmente agressivo não só aos pulmões como ao organismo como um todo. Além de agredir os pulmões, o fumo ainda deixa estes mais vulneráveis a infecções. O tratamento precisa ser realizado até o fim e com toda a dedicação possível. A melhora varia de acordo com o estágio da condição quando o tratamento teve início. No entanto, muitos casos possuem um prognóstico positivo.
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